(
foto do restaurante Aqueduto, em Évora )
Para os muito gulosos, que não têm problemas hepáticos!
É um doce muito apreciado, mas que, na minha opinião, só se pode comer em pequenas quantidades. Caso contrário, torna-se muito enjoativo.
E já agora, aproveitando o facto, de ser um doce confeccionado com muitos ovos, explico o porquê. dos doces daquela região, levarem, normalmente, muitos ovos:
Conta a história, que os produtores de vinho da região, clareavam o vinho com claras de ovo. Não sei qual seria o processo utilizado, mas parece que as claras serviam mesmo para clarear os vinhos. As gemas que sobravam, eram oferecidas aos conventos, que abundavam por lá.
E assim, surgiram as receitas conventuais, repletas de ovos!
Os frades, além de gulosos, eram muito criativos! E ainda bem! Deixaram-nos um legado de doces, de se lhe tirar o chapéu!
E agora, cá vai:
18 gemas + 6 ovos inteiros
500 gr de açúcar
2 dl de água
canela para polvilhar
Numa frigideira de ferro grandinha, (preferencialmente), leva-se o açúcar com a água ao lume, até fazer um ponto leve (ponto de fio).
Enquanto isso, batem-se muito bem os ovos com as gemas, de preferência com uma faca.
Assim que o açúcar estiver no ponto desejado, juntam-se os ovos, tendo o cuidado de ir deitando a partir do centro, em forma circular, até encher a frigideira.
Depois, enquanto o doce coze, vai-se picando muito bem com um garfo, por forma a cozer bem, todo ele, e fazer com que a calda de açúcar entranhe nos ovos.
Com uma espatula, vai-se afastando o rebordo do doce, para evitar que pegue à frigideira.
Demora cerca de 10 minutos a cozer.
Quando estiver com o aspecto de uma omeleta, está pronto.
Nota importante: deve ficar com calda! Não se deve deixar secar demasiado.
De seguida, polvilha-se com canela, e leva-se uns 5 minutos a forno forte, para alourar ligeiramante.
Escorre-se para um prato grande e fundo, e deixa-se arrefecer!
Está pronto.
Bom apetite!